(Prelúdio)
Quando assim, linda, rubra;
Tua cor, cara rosa, encanta;
E se tens espinhos, dita flor;
Estes mais prendem que ferem;
(JB.Guimarães)
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Verona. Cai a Noite
Teu silêncio. Dai-me teu silêncio;
Enterra tuas palavras, tua voz;
Encerra esta melodia infausta;
Que lhe ouvir mais não suporto;
Não volte, Éolo da minh’alma;
Navegue outros mares, terras;
Faça um cisma deste coração;
Que turvas meus sentidos;
Prometa-me, jura-me partir;
Mas vá sem falar, sem despedir;
Sem me olhar, sem me ouvir;
Sabes o mal que me causas;
Que saudades supero, suporto;
Mas sentindo você, me desespero;
(JB.Guimarães)
Enterra tuas palavras, tua voz;
Encerra esta melodia infausta;
Que lhe ouvir mais não suporto;
Não volte, Éolo da minh’alma;
Navegue outros mares, terras;
Faça um cisma deste coração;
Que turvas meus sentidos;
Prometa-me, jura-me partir;
Mas vá sem falar, sem despedir;
Sem me olhar, sem me ouvir;
Sabes o mal que me causas;
Que saudades supero, suporto;
Mas sentindo você, me desespero;
(JB.Guimarães)
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Verona
Escrevo-te vez mais;
Cá estou, em palavras;
Lembranças, divagações;
Versos, que me velejam;
Neste desenrolar de letras;
Pensamentos me levam;
Nesta noite que me perco;
E vias proibidas vagueio;
Cerro meus olhos e ouço;
Teus suspiros, teus anseios;
E se não lhe afasto;
É que lhe quero em meus braços;
Quimeras, passos de sonhos;
Que se me deixar levar;
Ainda encontro seus lábios;
Ainda que não possa se dar;
(JB.Guimarães)
Cá estou, em palavras;
Lembranças, divagações;
Versos, que me velejam;
Neste desenrolar de letras;
Pensamentos me levam;
Nesta noite que me perco;
E vias proibidas vagueio;
Cerro meus olhos e ouço;
Teus suspiros, teus anseios;
E se não lhe afasto;
É que lhe quero em meus braços;
Quimeras, passos de sonhos;
Que se me deixar levar;
Ainda encontro seus lábios;
Ainda que não possa se dar;
(JB.Guimarães)
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Prelúdio
Cá estou, estimado leitor, a falar de coisa mui útil para a vida. Apresento conjunto de palavras simples e curto, composto de certos aforismos e idéias do que considero sobre motivação. Espero ilustrar e quiçá gerar reflexão até o fim do texto.
Acerca da Motivação
Eis aqui bom tema que há tempos quero escrever sobre.
De acordo com o dicionário Michaelis a definição de motivação é:
sf (motivar+ção) 1 Ato de motivar. 2 Exposição de motivos. 3 Psicol Espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento. 4 Sociol. Processo de iniciação de uma ação consciente e voluntária.
Pretendo tratar aqui da motivação como estado do individuo.
Na minha concepção, motivação (estar motivado) é um estado d’alma ligado ao processo de realização de uma ação e baseado em três pilares:
1) Crença em determinada ação;
2) Vontade de que a ação ocorra;
3) Reconhecimento pela realização da ação;
Os três fatores apresentados são intrínsecos ao individuo, sendo reações a percepção que este tem do ambiente externo. Mesmo o reconhecimento, que grande parte das vezes é de terceiros, só é eficaz se atende às expectativas do autor da ação.
Portanto se não há ação (ou apenas concepção desta) não podemos ter motivação. Isso diferencia motivação da euforia sem razão, que por vezes podemos ser levados a confundir.
Apesar dos fatores que levam a motivação serem internos ao individuo, estes dependem de um fator externo que é a ação propriamente dita, é ai o ponto fundamental em que devemos estar atentos, principalmente os que exercem algum poder ou chefia sobre outras pessoas.
Não há como exigir motivação das pessoas. Suas crenças e vontades, bases para a motivação, nem sempre são as mesmas que temos ou que gostaríamos que elas tivessem, nem mesmo a forma como é dado o reconhecimento das ações por elas executadas podem ser as que as pessoas anseiam.
Entraremos em outro conceito futuramente, o de como inspirar motivação em terceiros. Por hora é isso.
Acerca da Motivação
Eis aqui bom tema que há tempos quero escrever sobre.
De acordo com o dicionário Michaelis a definição de motivação é:
sf (motivar+ção) 1 Ato de motivar. 2 Exposição de motivos. 3 Psicol Espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento. 4 Sociol. Processo de iniciação de uma ação consciente e voluntária.
Pretendo tratar aqui da motivação como estado do individuo.
Na minha concepção, motivação (estar motivado) é um estado d’alma ligado ao processo de realização de uma ação e baseado em três pilares:
1) Crença em determinada ação;
2) Vontade de que a ação ocorra;
3) Reconhecimento pela realização da ação;
Os três fatores apresentados são intrínsecos ao individuo, sendo reações a percepção que este tem do ambiente externo. Mesmo o reconhecimento, que grande parte das vezes é de terceiros, só é eficaz se atende às expectativas do autor da ação.
Portanto se não há ação (ou apenas concepção desta) não podemos ter motivação. Isso diferencia motivação da euforia sem razão, que por vezes podemos ser levados a confundir.
Apesar dos fatores que levam a motivação serem internos ao individuo, estes dependem de um fator externo que é a ação propriamente dita, é ai o ponto fundamental em que devemos estar atentos, principalmente os que exercem algum poder ou chefia sobre outras pessoas.
Não há como exigir motivação das pessoas. Suas crenças e vontades, bases para a motivação, nem sempre são as mesmas que temos ou que gostaríamos que elas tivessem, nem mesmo a forma como é dado o reconhecimento das ações por elas executadas podem ser as que as pessoas anseiam.
Entraremos em outro conceito futuramente, o de como inspirar motivação em terceiros. Por hora é isso.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Solidão
Solidão tira a graça do mundo;
Lembranças tornam-se venenos;
As boas, dão saudades;
As ruins, melancolia;
Pobre de quem é solitário;
O castigo deste é ouvir;
Sons são armas da solidão;
E a noite então, sem fim;
Sirenes, automóveis, vozes;
Tão longe, nunca chegarão;
Não lhe querem, fogem;
Desistirás então, exausto;
Tens aqui o pior cárcere;
Sem correntes, sem grilhões;
Paredes? Inexistem;
Sair? ...
(JB.Guimarães)
Lembranças tornam-se venenos;
As boas, dão saudades;
As ruins, melancolia;
Pobre de quem é solitário;
O castigo deste é ouvir;
Sons são armas da solidão;
E a noite então, sem fim;
Sirenes, automóveis, vozes;
Tão longe, nunca chegarão;
Não lhe querem, fogem;
Desistirás então, exausto;
Tens aqui o pior cárcere;
Sem correntes, sem grilhões;
Paredes? Inexistem;
Sair? ...
(JB.Guimarães)
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Hoje escreverei em prosa, vejamos o que vai sair. Confesso que estou com um tanto de preguiça para forjar versos, engraçado como uma obra mais enxuta necessita de maior tempo e esforço para a elaboração. Entrementes é fato ser muito mais simples perder o rumo da narrativa fugindo aos versos, como estou fazendo agora escrevendo este parágrafo inútil.
Um último comentário então antes de transcrever o que pretendo. Não que seja importante, conforme irás perceber. Este texto nasceu no papel e se tratando de escrita a mão, a prosa fica muito mais bela que a poesia esteticamente falando. Apenas isso. Sem mais delongas iniciarei o texto, antes que abandones esta leitura.
Trato aqui coisa pessoal, apenas opinião minha. Diferença entre mulheres e meninas. Digo que não só das letras se cria essa diferença, se fosse não haveria o porquê deste texto. A diferença vai além, bem mais além. Já digo de antemão minha preferência, e esta é pelas mulheres, estas sim me agradam.
Inicio pela diferença mais notória, atire a primeira pedra quem não concordar. Já conversastes com um tipo e outro? A conversa com uma mulher não tem como não ser interessante, é raro aborrecimentos. Não digo que todo assunto seja um tratado de filosofia, mas as próprias amenidades se tornam atrativas, o conduzir, o humor, idéias, tudo envolve, e ainda há homem que se distraia, mas longe de mim julgar alguém (e ser irônico também). Já com uma menina, meus parabéns a quem conseguir sobreviver dois minutos que o seja, qualquer assunto vai para o caminho mais infantil, tolo e fútil que se possa. Ressalvo que não estou discutindo idade aqui, a atitude diferencia uma coisa da outra, falarei disso mais tarde.
Continuo mais tarde essa conversa, cansei de escrever.
Um último comentário então antes de transcrever o que pretendo. Não que seja importante, conforme irás perceber. Este texto nasceu no papel e se tratando de escrita a mão, a prosa fica muito mais bela que a poesia esteticamente falando. Apenas isso. Sem mais delongas iniciarei o texto, antes que abandones esta leitura.
Trato aqui coisa pessoal, apenas opinião minha. Diferença entre mulheres e meninas. Digo que não só das letras se cria essa diferença, se fosse não haveria o porquê deste texto. A diferença vai além, bem mais além. Já digo de antemão minha preferência, e esta é pelas mulheres, estas sim me agradam.
Inicio pela diferença mais notória, atire a primeira pedra quem não concordar. Já conversastes com um tipo e outro? A conversa com uma mulher não tem como não ser interessante, é raro aborrecimentos. Não digo que todo assunto seja um tratado de filosofia, mas as próprias amenidades se tornam atrativas, o conduzir, o humor, idéias, tudo envolve, e ainda há homem que se distraia, mas longe de mim julgar alguém (e ser irônico também). Já com uma menina, meus parabéns a quem conseguir sobreviver dois minutos que o seja, qualquer assunto vai para o caminho mais infantil, tolo e fútil que se possa. Ressalvo que não estou discutindo idade aqui, a atitude diferencia uma coisa da outra, falarei disso mais tarde.
Continuo mais tarde essa conversa, cansei de escrever.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Chuva
Cai uma chuva bandida;
Não sei o que tanto se lava;
Por que d'alma, a agonia;
Esta sim devia ser levada;
Mas não, a chuva apenas assola;
Constrange, enverga o vivente;
Traz consigo um que de tristeza;
Para somar ao da existência;
(JB.Guimarães)
Não sei o que tanto se lava;
Por que d'alma, a agonia;
Esta sim devia ser levada;
Mas não, a chuva apenas assola;
Constrange, enverga o vivente;
Traz consigo um que de tristeza;
Para somar ao da existência;
(JB.Guimarães)
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Noite
A noite que trago comigo;
É como fel, fardo, fado;
Pesada, sem lua, sem brilho;
É fria, silenciosa, solitária;
(JB.Guimarães)
É como fel, fardo, fado;
Pesada, sem lua, sem brilho;
É fria, silenciosa, solitária;
(JB.Guimarães)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Apenas
O penar da pena em mãos;
Ironia gramatical, talvez;
A graça na pena pela pena;
Economia besta de palavras;
À pena! Se de, ou para?
Escrever, de toda forma;
Deixo a ti leitor a escolha;
Cabe sim ao seu momento;
Nesta brecha de palavras;
Onde de uma, faz-se mil;
Divirto-me, ao desenrolar;
Penso no tolo literário;
Que de pensado, ou displicência;
Fez o penar valer à pena
(JB.Guimarães)
Ironia gramatical, talvez;
A graça na pena pela pena;
Economia besta de palavras;
À pena! Se de, ou para?
Escrever, de toda forma;
Deixo a ti leitor a escolha;
Cabe sim ao seu momento;
Nesta brecha de palavras;
Onde de uma, faz-se mil;
Divirto-me, ao desenrolar;
Penso no tolo literário;
Que de pensado, ou displicência;
Fez o penar valer à pena
(JB.Guimarães)
domingo, 31 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Não vejo graça na forma como as coisas são.
Não quero um beijo apenas pelo beijo...
Quero ir além, quando lhe beijo não é apenas um beijo,
Quando lhe beijo é a entrada desse mundo chamado eu
Não quero superficialidades.
A cada encontro, cada momento é uma mudança que em mim se faz.
Cada momento contigo é um momento contigo, não banalidades.
E em mim, e espero que em ti sempre estarás.
Porque só assim fará algum sentido, só assim valerá.
(JB.Guimarães)
Não quero um beijo apenas pelo beijo...
Quero ir além, quando lhe beijo não é apenas um beijo,
Quando lhe beijo é a entrada desse mundo chamado eu
Não quero superficialidades.
A cada encontro, cada momento é uma mudança que em mim se faz.
Cada momento contigo é um momento contigo, não banalidades.
E em mim, e espero que em ti sempre estarás.
Porque só assim fará algum sentido, só assim valerá.
(JB.Guimarães)
terça-feira, 26 de maio de 2009
Colóquio
Deveria jogar a caneta ao longe;
Mas não, já faz parte de mim;
E se meus segredos contasse;
Tudo se perderia, ou resolveria;
Então prossigo, verso após verso;
Escondendo sonhos em palavras;
Já que apenas sonhos são;
E palavras, ditas em vão;
(JB.Guimarães)
Mas não, já faz parte de mim;
E se meus segredos contasse;
Tudo se perderia, ou resolveria;
Então prossigo, verso após verso;
Escondendo sonhos em palavras;
Já que apenas sonhos são;
E palavras, ditas em vão;
(JB.Guimarães)
segunda-feira, 18 de maio de 2009
FRIO
Quero um frio;
Frio, não esse parco que faz;
Quero um frio de morte;
De fazer sangue parar;
Quero um frio que abata os fracos;
Frio, de fazer homem chorar;
Quero um frio doente;
Que remeta a tristeza, fria;
Quero um frio gélido, cortante;
Frio, que me faça lembrar;
Lembrar... tudo que quero esquecer;
Frio nas entranhas, frio;
Quero um frio, apenas frio;
Frio que me faça sentir;
Sentir, que calor ainda há;
Frio, eis que o sangue está;
Quero um frio, intenso;
Frio que enfim me levará;
Frio, que um dia estarei;
Frio, eternamente frio.
(JB.Guimarães)
Frio, não esse parco que faz;
Quero um frio de morte;
De fazer sangue parar;
Quero um frio que abata os fracos;
Frio, de fazer homem chorar;
Quero um frio doente;
Que remeta a tristeza, fria;
Quero um frio gélido, cortante;
Frio, que me faça lembrar;
Lembrar... tudo que quero esquecer;
Frio nas entranhas, frio;
Quero um frio, apenas frio;
Frio que me faça sentir;
Sentir, que calor ainda há;
Frio, eis que o sangue está;
Quero um frio, intenso;
Frio que enfim me levará;
Frio, que um dia estarei;
Frio, eternamente frio.
(JB.Guimarães)
sábado, 16 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Contemplar
É certo que te observo, observo...
Tens um jeito engraçado;
Mas de risos baixos, digo;
De sorrisos, nos faz sorrir;
Gosto de olhar suas mãos;
Por mais que não saibas;
Nem quero que saibas;
A beleza delas está na espontaneidade;
Sim! É isso! Espontaneidade;
Ai mora seu encanto,
Na bela face que nada oculta;
Nas frases ditas sem pensar;
Teu olhar que nada esconde;
Este olhar que sem voz diz;
Revela-te, a cada gesto;
Mas ainda assim, envolta em mistério.
(JB.Guimarães)
Tens um jeito engraçado;
Mas de risos baixos, digo;
De sorrisos, nos faz sorrir;
Gosto de olhar suas mãos;
Por mais que não saibas;
Nem quero que saibas;
A beleza delas está na espontaneidade;
Sim! É isso! Espontaneidade;
Ai mora seu encanto,
Na bela face que nada oculta;
Nas frases ditas sem pensar;
Teu olhar que nada esconde;
Este olhar que sem voz diz;
Revela-te, a cada gesto;
Mas ainda assim, envolta em mistério.
(JB.Guimarães)
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Anunciação
Esta noite tive mais uma visão;
Há tempos não as tinha;
Pensei que meu legado já estava completo;
Ingênuo engano...
Novamente cercado estava, entre demônios;
Vi o homem em toda a sua bestialidade;
Jornada por infindáveis eras;
Do ontem já esquecido ao amanhã desconhecido;
Inundação de violência, asco e ódio;
Após a tormenta brutal apenas agonias;
Nada mais além de prantos e carências;
E aquela voz, guia na escuridão;
"Levanta-te! Disse a voz;
Que de nada tua angústia vai melhorar;
Estes a sua volta sofrem por própria sorte;
Eis que estás acima de todos eles;
Não, não é Deus quem vos fala;
Este já não está mais entre os homens;
Homens... Abandonados, a deriva;
Fadados a eles mesmos;
Ergue-te criatura! Teu caminho inicia!
Sofras com tua incumbência!
Olha os que estão a sua volta, em lágrimas;
Iguais a ti são poucos, e não os encontrará;
És senhor de todas as ciências;
Facilmente transpassas a álgebra, as artes;
A geometria, o longe, o passado e o vazio;
As letras são suas meras servas;
Vais além! Entras nas profundezas de cada alma;
Aqui está teu fado, teu dom e tua desgraça;
Sentirás o que os a sua volta sentem;
Teu julgamento é sentença certa, irrefutável;
Claro tudo é, a luz de tua mente;
Salve-os ou destrua-os, da terra filho!
Em tuas mãos vida e morte estão presentes;
Cabe a ti apenas, Minos dos viventes;
Pobre ser. És mais que nós 72 juntos;
Em sabedoria e sofrimento;
Rezarei por você criatura, para que tragas a luz;
Rezarei por nós, que não sigas os de antes..."
Após isso nada além do silêncio;
Acordado hoje me encontro;
Do sono e da alma;
Do que foi ao que virá.
Há tempos não as tinha;
Pensei que meu legado já estava completo;
Ingênuo engano...
Novamente cercado estava, entre demônios;
Vi o homem em toda a sua bestialidade;
Jornada por infindáveis eras;
Do ontem já esquecido ao amanhã desconhecido;
Inundação de violência, asco e ódio;
Após a tormenta brutal apenas agonias;
Nada mais além de prantos e carências;
E aquela voz, guia na escuridão;
"Levanta-te! Disse a voz;
Que de nada tua angústia vai melhorar;
Estes a sua volta sofrem por própria sorte;
Eis que estás acima de todos eles;
Não, não é Deus quem vos fala;
Este já não está mais entre os homens;
Homens... Abandonados, a deriva;
Fadados a eles mesmos;
Ergue-te criatura! Teu caminho inicia!
Sofras com tua incumbência!
Olha os que estão a sua volta, em lágrimas;
Iguais a ti são poucos, e não os encontrará;
És senhor de todas as ciências;
Facilmente transpassas a álgebra, as artes;
A geometria, o longe, o passado e o vazio;
As letras são suas meras servas;
Vais além! Entras nas profundezas de cada alma;
Aqui está teu fado, teu dom e tua desgraça;
Sentirás o que os a sua volta sentem;
Teu julgamento é sentença certa, irrefutável;
Claro tudo é, a luz de tua mente;
Salve-os ou destrua-os, da terra filho!
Em tuas mãos vida e morte estão presentes;
Cabe a ti apenas, Minos dos viventes;
Pobre ser. És mais que nós 72 juntos;
Em sabedoria e sofrimento;
Rezarei por você criatura, para que tragas a luz;
Rezarei por nós, que não sigas os de antes..."
Após isso nada além do silêncio;
Acordado hoje me encontro;
Do sono e da alma;
Do que foi ao que virá.
domingo, 10 de maio de 2009
Quando o destino lhe trouxer a minha paz;
Quando seus olhos, antes cegos, só verem os meus;
Quando seu último lembrar for a minha imagem;
Eis que iniciarás a estrada para o paraíso;
Que minhas mãos tomem sua última pulsação;
Que seu último suspiro faça meu fôlego;
Que o último som seja a minha prece;
Eis que estarás livre, não mais se desespere.
Quando seus olhos, antes cegos, só verem os meus;
Quando seu último lembrar for a minha imagem;
Eis que iniciarás a estrada para o paraíso;
Que minhas mãos tomem sua última pulsação;
Que seu último suspiro faça meu fôlego;
Que o último som seja a minha prece;
Eis que estarás livre, não mais se desespere.
sábado, 9 de maio de 2009
Lembranças
Ensurdecemos em nossa respiração;
Pegos, embriagados em perfumes;
No horizonte, apenas olhares;
Implacável tempo de noites curtas;
Desejos que ambos encobrimos;
Vestes de formalidades cínicas;
Porém, sutis gestos nos entregam;
Leves olhares, suspiros, toques...
Suaves carícias fazem-nos perder;
Razão, lógica, para quê?
Choque de corpos que já são um;
Agora parte única da mesma noite;
Falo por esse indivíduo que somos;
Quase vampiro, temente ao sol;
Este, que ao raiar se desfaz;
E na pressa inicia o despertar.
(JB. Guimarães)
Pegos, embriagados em perfumes;
No horizonte, apenas olhares;
Implacável tempo de noites curtas;
Desejos que ambos encobrimos;
Vestes de formalidades cínicas;
Porém, sutis gestos nos entregam;
Leves olhares, suspiros, toques...
Suaves carícias fazem-nos perder;
Razão, lógica, para quê?
Choque de corpos que já são um;
Agora parte única da mesma noite;
Falo por esse indivíduo que somos;
Quase vampiro, temente ao sol;
Este, que ao raiar se desfaz;
E na pressa inicia o despertar.
(JB. Guimarães)
terça-feira, 28 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Esperas alheias
Detalhes nos vem a frente;
Fatos quase imperceptíveis;
Por sorte um coulp d’oeil; (golpe de vista)
Nos salva de grande injustiça;
Conto apenas uma história trivial;
Ingênua, besta até eu diria;
Aviso já para não decepcionar;
Se prosseguires, sejas bem vindo;
Atrás de um corpo frágil;
Arqueado pelo peso do tempo;
Eis um velho senhor;
Que apenas sentado, aguarda;
Sol, vento, chuva, frio, desconforto;
Cercado de escândalos e agressões;
Da grande metrópole que grita;
Ele lá, inquebrantável, contempla;
Dia após dia, no mesmo local;
Já é parte desta paisagem;
Por não chamar atenção o noto;
E me pergunto o que espera;
Espero também que me perdoe;
Por mais que ignore que o observo;
Mas quando todos correm;
Difícil é entender quem permanece;
Certo dia bem compreendi;
Largando a imobilidade ele sorriu;
Levantou-se como que esquecendo a idade;
E abraçou sem timidez a menina tímida;
Se sua filha, neta, não o sei;
Sei apenas que vi o fim da espera;
De mãos dadas conversavam amenidades;
De mãos dadas e todo ouvidos, partiram;
Mais surpreso fiquei quando me vi;
Contemplando quem contemplava;
Imerso na mesma paz do velho;
Enternecido apenas com sua espera;
Hoje passarei pelo mesmo caminho;
Estimo novamente o ver lá, sentado;
Quem sabe um dia eu aprenda a aguardar;
Apenas para sorrir e abraçar.
(JB.Guimarães)
Fatos quase imperceptíveis;
Por sorte um coulp d’oeil; (golpe de vista)
Nos salva de grande injustiça;
Conto apenas uma história trivial;
Ingênua, besta até eu diria;
Aviso já para não decepcionar;
Se prosseguires, sejas bem vindo;
Atrás de um corpo frágil;
Arqueado pelo peso do tempo;
Eis um velho senhor;
Que apenas sentado, aguarda;
Sol, vento, chuva, frio, desconforto;
Cercado de escândalos e agressões;
Da grande metrópole que grita;
Ele lá, inquebrantável, contempla;
Dia após dia, no mesmo local;
Já é parte desta paisagem;
Por não chamar atenção o noto;
E me pergunto o que espera;
Espero também que me perdoe;
Por mais que ignore que o observo;
Mas quando todos correm;
Difícil é entender quem permanece;
Certo dia bem compreendi;
Largando a imobilidade ele sorriu;
Levantou-se como que esquecendo a idade;
E abraçou sem timidez a menina tímida;
Se sua filha, neta, não o sei;
Sei apenas que vi o fim da espera;
De mãos dadas conversavam amenidades;
De mãos dadas e todo ouvidos, partiram;
Mais surpreso fiquei quando me vi;
Contemplando quem contemplava;
Imerso na mesma paz do velho;
Enternecido apenas com sua espera;
Hoje passarei pelo mesmo caminho;
Estimo novamente o ver lá, sentado;
Quem sabe um dia eu aprenda a aguardar;
Apenas para sorrir e abraçar.
(JB.Guimarães)
terça-feira, 14 de abril de 2009
Espera
Na face um breve sorriso;
Leve toque de sarcasmo;
Por ironia, fico com a minha;
Já que não peço licença;
A vista, nada mais alcança;
Nem questão mais faz;
Por mundo, fico com o meu;
Já que sempre o trago;
Lentamente o caminho cessa;
Olhos turvos, perdidos;
Mãos que nada mais sentem;
Prostradas inúteis, aguardam...
No mais? Apenas sons distantes;
Perfumes que tanto encantam;
Ah perfumes... Só vocês já bastam;
(JB. Guimarães)
Leve toque de sarcasmo;
Por ironia, fico com a minha;
Já que não peço licença;
A vista, nada mais alcança;
Nem questão mais faz;
Por mundo, fico com o meu;
Já que sempre o trago;
Lentamente o caminho cessa;
Olhos turvos, perdidos;
Mãos que nada mais sentem;
Prostradas inúteis, aguardam...
No mais? Apenas sons distantes;
Perfumes que tanto encantam;
Ah perfumes... Só vocês já bastam;
(JB. Guimarães)
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Céu
Refletindo o existir, vejo;
A vida, por si só, incômoda;
Ter essa como todo cansa;
O que amo? Momentos...
Tracemos novos limites a cada segundo;
Novas passadas, novas fronteiras;
Existir, no espaço de um fôlego;
Na expiração apenas contento;
Imortalizando cada sensação;
Sentidos? Estigmas da alma;
Minutos que anos não descrevem;
Local onde a soma não importa;
Infinito e escuro, como céu;
Belo por fim, a cada estrela...
(JB.Guimarães)
A vida, por si só, incômoda;
Ter essa como todo cansa;
O que amo? Momentos...
Tracemos novos limites a cada segundo;
Novas passadas, novas fronteiras;
Existir, no espaço de um fôlego;
Na expiração apenas contento;
Imortalizando cada sensação;
Sentidos? Estigmas da alma;
Minutos que anos não descrevem;
Local onde a soma não importa;
Infinito e escuro, como céu;
Belo por fim, a cada estrela...
(JB.Guimarães)
segunda-feira, 30 de março de 2009
Ah... O Vinho!
Bom mesmo é um vinho;
Vinho remete a vida;
Traz sentidos a tona;
E faz o tempo se perder;
Definir? Sabe Deus;
Antigos lhe deram um Deus;
Se bom ou ruim, digo:
Intenso, como o viver;
Feito de rosas ou sangue;
Vasto, do amor ao ódio;
Do agora ao que foi;
Um vinho para um momento;
Mas vou além;
Um momento! Para um vinho.
(JB. Guimarães)
Vinho remete a vida;
Traz sentidos a tona;
E faz o tempo se perder;
Definir? Sabe Deus;
Antigos lhe deram um Deus;
Se bom ou ruim, digo:
Intenso, como o viver;
Feito de rosas ou sangue;
Vasto, do amor ao ódio;
Do agora ao que foi;
Um vinho para um momento;
Mas vou além;
Um momento! Para um vinho.
(JB. Guimarães)
quinta-feira, 26 de março de 2009
Caminhos do Acaso
Não, não temos definições;
Não temos músicas;
Poemas não nos descrevem;
Prosas não nos bastam;
A caneta calejada hesita;
Perde-se em lembranças;
No infinito que construímos;
Sem saber o que nos reserva;
Caminhamos juntos sem saber;
Cada um em sua direção, rumo;
Porém, por mais que não nos vejamos;
Nossas mãos ainda se tocam;
Somos um não sei quê irônico;
E não entendemos que no fundo;
Encontramos redenção em nossos pecados;
Quem sabe um dia alguma conclusão;
Até lá, apenas nossa melodia;
Sublimes improvisos nossos;
(JB.Guimarães)
Não temos músicas;
Poemas não nos descrevem;
Prosas não nos bastam;
A caneta calejada hesita;
Perde-se em lembranças;
No infinito que construímos;
Sem saber o que nos reserva;
Caminhamos juntos sem saber;
Cada um em sua direção, rumo;
Porém, por mais que não nos vejamos;
Nossas mãos ainda se tocam;
Somos um não sei quê irônico;
E não entendemos que no fundo;
Encontramos redenção em nossos pecados;
Quem sabe um dia alguma conclusão;
Até lá, apenas nossa melodia;
Sublimes improvisos nossos;
(JB.Guimarães)
terça-feira, 17 de março de 2009
Vastidões
No infinito pensar, guardo reflexões;
Nossos olhares, hesitantes, frios;
A proximidade que nos afasta;
O vazio artificial que teimamos;
Ontem lhe vi, estavas linda;
Quis lhe dizer, apenas dizer;
Porém o grito saiu mudo;
Porém o silêncio ensurdeceu;
Não temo alturas, só as da alma;
Nem oceanos, desertos, escuridão;
Só os que nos distanciam;
Passo o dia em pensamentos;
Indo e vindo no que fomos;
Ah melancolia danada...
(JB.Guimarães)
Nossos olhares, hesitantes, frios;
A proximidade que nos afasta;
O vazio artificial que teimamos;
Ontem lhe vi, estavas linda;
Quis lhe dizer, apenas dizer;
Porém o grito saiu mudo;
Porém o silêncio ensurdeceu;
Não temo alturas, só as da alma;
Nem oceanos, desertos, escuridão;
Só os que nos distanciam;
Passo o dia em pensamentos;
Indo e vindo no que fomos;
Ah melancolia danada...
(JB.Guimarães)
quinta-feira, 12 de março de 2009
Ardor
Nunca lhe escrevi;
Textos, palavras, porém nenhuma a ti;
Dos infinitos versos, nenhum lhe coube;
Apenas pensamentos, devaneios;
Não, não quero olhar;
Eis ali, canto obscuro, que receio;
Fujo, corro, admito
A Coragem é dizer que muito me dói;
Não, já não me escondo;
Talvez apenas de mim;
Mas ainda assim escrevo;
Pegue! É seu!
Eis aqui seu texto!
Eis teu legado.
(JB. Guimarães)
Textos, palavras, porém nenhuma a ti;
Dos infinitos versos, nenhum lhe coube;
Apenas pensamentos, devaneios;
Não, não quero olhar;
Eis ali, canto obscuro, que receio;
Fujo, corro, admito
A Coragem é dizer que muito me dói;
Não, já não me escondo;
Talvez apenas de mim;
Mas ainda assim escrevo;
Pegue! É seu!
Eis aqui seu texto!
Eis teu legado.
(JB. Guimarães)
Revisitado.
Eis um texto antigo, feito para um grande amigo.
Hoje com correções, revisitado.
Tolos, bobos todos somos;
Engraçado tu que tanto diz;
Que na vida, da vida és aprendiz;
Então meu amigo, sofra não;
Nem repita que sua vida da vida dela nada é.
(JB.Guimarães)
Hoje com correções, revisitado.
Tolos, bobos todos somos;
Engraçado tu que tanto diz;
Que na vida, da vida és aprendiz;
Então meu amigo, sofra não;
Nem repita que sua vida da vida dela nada é.
(JB.Guimarães)
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
POENTE
Pela janela apenas uma chuva apropriada;
Até o céu parece entender o poente de uma vida;
Não sinto pela luz que se apagou, essa não me iluminava;
Sinto pelos que na penumbra ficaram;
Ao longe escuto um violão sussurrando;
Uma ingênua homenagem do acaso;
Ou quem sabe seja apenas tentativa
Apaziguar quem só tem saudades.
O infinito é mais perto do que penso;
Tênue linha que nos equilibramos.
(JB.Guimarães)
Até o céu parece entender o poente de uma vida;
Não sinto pela luz que se apagou, essa não me iluminava;
Sinto pelos que na penumbra ficaram;
Ao longe escuto um violão sussurrando;
Uma ingênua homenagem do acaso;
Ou quem sabe seja apenas tentativa
Apaziguar quem só tem saudades.
O infinito é mais perto do que penso;
Tênue linha que nos equilibramos.
(JB.Guimarães)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
sábado, 31 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Palavras!
Tomo da pena para gritar ao mundo o que não posso dizer,
Escondido atrás das cortinas sinto o beijo que não foi ensaiado,
No espaço da vida. Atrás do palco de encenação,
Nos bastidores nos encontramos,
Sem público, sem críticas,
Apenas ali, para ali estar,
Até voltarmos as máscaras e fantasias,
Contando as horas do espetáculo terminar.
(JB.Guimarães).
Escondido atrás das cortinas sinto o beijo que não foi ensaiado,
No espaço da vida. Atrás do palco de encenação,
Nos bastidores nos encontramos,
Sem público, sem críticas,
Apenas ali, para ali estar,
Até voltarmos as máscaras e fantasias,
Contando as horas do espetáculo terminar.
(JB.Guimarães).
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