sábado, 21 de novembro de 2009

Pudera eu saber o que pensas;
Que me fosse fácil, tal ler;
Mais ainda, que neste livro;
Houvesse páginas em branco;
Eu então, caneta em punho;
Escreveria páginas a frente;
Que quando lá chegastes;
Terias um capítulo todo meu;
Juro-te que seria o mais belo;
No meu capítulo, você e eu;
(JB.Guimarães)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Verona. Cai a Noite

Teu silêncio. Dai-me teu silêncio;
Enterra tuas palavras, tua voz;
Encerra esta melodia infausta;
Que lhe ouvir mais não suporto;

Não volte, Éolo da minh’alma;
Navegue outros mares, terras;
Faça um cisma deste coração;
Que turvas meus sentidos;

Prometa-me, jura-me partir;
Mas vá sem falar, sem despedir;
Sem me olhar, sem me ouvir;

Sabes o mal que me causas;
Que saudades supero, suporto;
Mas sentindo você, me desespero;

(JB.Guimarães)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Verona

Escrevo-te vez mais;
Cá estou, em palavras;
Lembranças, divagações;
Versos, que me velejam;

Neste desenrolar de letras;
Pensamentos me levam;
Nesta noite que me perco;
E vias proibidas vagueio;

Cerro meus olhos e ouço;
Teus suspiros, teus anseios;
E se não lhe afasto;
É que lhe quero em meus braços;

Quimeras, passos de sonhos;
Que se me deixar levar;
Ainda encontro seus lábios;
Ainda que não possa se dar;

(JB.Guimarães)