quinta-feira, 26 de julho de 2012

Que posso eu dizer do amor?

Se soubesse, juro! Falaria;

Mas a mim o amor sempre fora matéria bandida;

Qual ilusionista, que sempre me enganou;

Ainda queres que eu fale do amor?

Pois bem, das minhas suspeitas discorrerei;

Digo que o amor é um perfume;

Perfume que instiga, invoca e provoca;

Um perfume que quando sentido dá vontade de sair porta afora;

Sair sem demora, atrás do seu amor;

O amor é um tipo especial de sorriso;

Sorriso que não conseguimos lembrar sem sorrirmos também;

É mesmo um olhar, que quando olhamos nos temos a sonhar;

O amor é uma saudade danada, só saciada quando junto do amor;

O amor é a graça na fala da pessoa amada;

Também é silêncio, que sempre muito diz;

Pois compreender o silêncio, é só de quem ama;

Amor é um beijo, beijo tão desconcertante;

Que faz do antes, lugar nenhum;

Amar é do homem, que no fundo o que busca;

Já diria o poeta, é mais e mais amor;

(João Baptista de Lima Guimarães)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A memória nunca é plena, a mim não basta;
Imersa em nuvens, névoas, imagens tornam, provocam;
Por mais que eu tenha ainda teu olhar, já não sinto teu perfume;
Por mais que eu sinta tua pele, já não tenho teu calor;
Imagens disformes, que não posso tocar;
Mas o pensamento vaga, e nas lembranças espaças;
Na imaginação! Por você instigada;
Nos tenho em palavras, toques, beijos;
Suspiros, anseios. Deus! Quantos devaneios...

(João Baptista de Lima Guimarães)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O homem, mesmo acompanhado, deve aprender a conviver com a própria solidão. É questão de sobrevivência e principalmente de nobreza.
(João Baptista de Lima Guimarães)


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pode sim o homem aprender a lidar com o próprio sofrimento, todavia, não pode o mesmo evitar causar sofrimento a outrem.
Conhecendo-se o homem causa e vítima de dor, como pode o mesmo cogitar a felicidade?
(João Baptista de Lima Guimarães)


Espelho




A culpa? A culpa é dos políticos! Safados corruptos!

Sim! É! É sim! Eeee... Eu sei! Somo nós que os elegemos! Mas... mas... É a mídia que nos faz a cabeça! Ela que nos manipula!

Ademais as escolas estão horríveis! Querem o povo ignorante! É mais fácil de manipular e eles continuarem no poder!

... Ah! Eu não sou nenhum esclarecido, mas sei que só tem corrupto! Todo mundo quer é tirar proveito, entrar na jogada. Todos podres!

Eu? Ora! Que poderia eu fazer?

Na certa me teriam por ridículo, não me dariam ouvidos...

Que posso contra essa turba toda? Nada! Nada! Não tem mais jeito! O negócio é ter o que comer, garantir uma vida boa... É! O futuro é pra essa juventude que vem ai.

Pare! Pare de falar! Não sou um covarde! Mas também não sou maluco! Quer o quê? Que saia gritando na rua? Pegar em armas? Até parece!

Me deixe em paz. Em paz! Vá procurar o que fazer. Só me deixe em paz...



(João Baptista de Lima Guimarães)
Ciência alguma nos ajudará em nada, se não houver sabedoria;


Todavia, tendo sabedoria, não precisamos de ciência alguma;

(João Baptista de Lima Guimarães)

Ah minha cara! Eu vou morrer! Assim como você, cedo ou tarde iremos morrer;


Seja hoje, amanhã, daqui a 100 anos, mas os golpes da fatalidade se farão sentidos;

E no fato de sermos mortais reside toda a seriedade do mundo, minha cara;

E por ser a morte tão séria, só nos resta levar a vida com graça;

(João Baptista de Lima Guimarães)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Perfume que tanto me embala, me leva, me traga;

Sussurro ao teu ouvido e minhas mãos vagueiam, curiosas;

Teu olhar me provoca, teu suspiro me instiga, fascina;

Toco teus cabelos, teu pescoço, teu colo, teus seios;

E minha mente, meu corpo, se perdem em anseios;

De descobrir o teu gosto, teus gestos, teu cheiro;

Conhecer teus segredos;

Ah minha cara! Desse jeito turvas meu pensamento!

Sinto tua pele, sem saber mais quem sou;

Toco você, mas é minha mente que balbucia;

Exalas teu perfume, mas sou eu quem embriaga;

Veja! Que um beijo apaixonado nunca é feito sozinho;

Nossos momentos, minha cara, soam como infinitos;

(João Baptista de Lima Guimarães)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Poetas não sabem escrever, poetas sabem é como sofrer.
Seja seu próprio sofrimento, ou de outrem.


Ficar bem? Não, não me peças isso;


Infelizmente, talvez por castigo da Providência não tenho como ficar bem estando bem;

Sou qual o guerreiro tombado na Normandia;

Velho, louco paraquedista;

Que no final do seus dias;

Aos céus, pediria;

Deus! Dai-me sim a coragem! A força! E a fé!

(João Baptista de Lima Guimarães)
Carrego comigo uma melancolia danada;


Certa feita, tentei arrancá-la de mim,

Qual espanto foi quando notei que no gesto fora eu mesmo arremessado de mim.

Enxotado do meu próprio eu percebi, que sou sim, melancolia em si.

(João Baptista de Lima Guimarães)

Da vida sou mero espectador que dormiu em boa parte do espetáculo e tenta entender a loucura do autor...