terça-feira, 25 de setembro de 2012


Nada sei sobre a vida, tampouco sobre a morte.

Porém, não acho que exista um céu, ou inferno, ao menos não da forma como por ai se imagina.

A morte, como penso, é sim uma libertação.

Eternos, portanto imortais, seríamos.

Perderíamos todo e qualquer medo que a própria morte pode nos causar. O desapego da vida nos faria livres.

Não haveria vaidade, já que não haveria mais corpo. Seja lá o que viramos tenho que não teríamos essa forma atual, tampouco algo semelhante.

Quiçá viramos um éter, e junto com outros éteres não saberíamos onde começa e termina nossa individualidade, portanto, nada mais que se preocupar com territórios com segurança. Estaríamos presentes em todos os locais, todo o tempo.

O que tenho comigo também é que não existe tempo para o que se é eterno, e julgo que uma vez mortos seríamos enfim eternos.

Acho que a morte, por fim, nos faz sábios.

E acho que a morte é o mais perto que chegamos da imortalidade.

(JB.Guimarães)