quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Feliz de quem o pensar não é penar;
Ah Deus! Se eu mesmo me perdoasse;
Mas não! Sentencio-me a na vida arrastar-me;
Sou-me réu, juiz e carrasco;
Penitente, que ao fogo lançado;
Das minhas próprias paixões;
Em chamas ardo, tendo preço pago;
Sou por mim acusado, julgado, culpado;
Apedrejo-me das injurias que proferi;
Tenho a pele arrancada, carne rasgada;
Dos gestos, palavras, outrora lançadas;
- Ai de mim! Redenção! Ai de mim!
Aos céus e a mim brado! Clamo! Perdão!

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