quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Feliz de quem o pensar não é penar;
Ah Deus! Se eu mesmo me perdoasse;
Mas não! Sentencio-me a na vida arrastar-me;
Sou-me réu, juiz e carrasco;
Penitente, que ao fogo lançado;
Das minhas próprias paixões;
Em chamas ardo, tendo preço pago;
Sou por mim acusado, julgado, culpado;
Apedrejo-me das injurias que proferi;
Tenho a pele arrancada, carne rasgada;
Dos gestos, palavras, outrora lançadas;
- Ai de mim! Redenção! Ai de mim!
Aos céus e a mim brado! Clamo! Perdão!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012



Emprega-se

No prego, o emprego;
Empregado, é qual o da cruz, fixo!
Qual é do crucifixo o emprego?
Em prego, prego o emprego;

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


Quantas coisas se passam por amor;
Quanta ternura, quanta dor;
Quanto desacreditamos do amor;
Sem ao menos sabê-lo;
Sem ao menos vivê-lo;
Não se cogita o amor,
Não se mede, se raciocina;
Só vive-se o amor;
E só se vive o amor, amando;