quarta-feira, 30 de maio de 2018



Quando eu me encontrava na metade da jornada, achei-me metido em um jogo tenebroso. Como na maioria dos jogos, decisões ruins levavam a ruína, as boas, a uma promessa de redenção.
Comecei devendo, não tinha dinheiro, me fizeram um empréstimo que depois descobri ser impossível de se pagar... Voltei a mesa, não sabia jogar, não conhecia as regras, tentei imitar o movimento dos outros, porém eles também não sabiam. Todos perdiam, se embriagavam, e se endividavam. 
Não havia espaço para técnica, estratégia, nem sorte, somente a derrota era certa. Tampouco havia saídas, nem portas, nem janelas, somente um eterno, tedioso e sádico embaralhar de cartas.
(jblg)