quinta-feira, 26 de março de 2009

Caminhos do Acaso

Não, não temos definições;

Não temos músicas;

Poemas não nos descrevem;

Prosas não nos bastam;


A caneta calejada hesita;

Perde-se em lembranças;

No infinito que construímos;

Sem saber o que nos reserva;


Caminhamos juntos sem saber;

Cada um em sua direção, rumo;

Porém, por mais que não nos vejamos;

Nossas mãos ainda se tocam;


Somos um não sei quê irônico;

E não entendemos que no fundo;

Encontramos redenção em nossos pecados;


Quem sabe um dia alguma conclusão;

Até lá, apenas nossa melodia;

Sublimes improvisos nossos;

(JB.Guimarães)

Um comentário:

João, o Guimarães disse...

No auge da insônia encotrei esse texto antigo perdido em pastas do computador, nem me lembrava, mas até que gostei dele.