Não, não temos definições;
Não temos músicas;
Poemas não nos descrevem;
Prosas não nos bastam;
A caneta calejada hesita;
Perde-se em lembranças;
No infinito que construímos;
Sem saber o que nos reserva;
Caminhamos juntos sem saber;
Cada um em sua direção, rumo;
Porém, por mais que não nos vejamos;
Nossas mãos ainda se tocam;
Somos um não sei quê irônico;
E não entendemos que no fundo;
Encontramos redenção em nossos pecados;
Quem sabe um dia alguma conclusão;
Até lá, apenas nossa melodia;
Sublimes improvisos nossos;
(JB.Guimarães)
Um comentário:
No auge da insônia encotrei esse texto antigo perdido em pastas do computador, nem me lembrava, mas até que gostei dele.
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