Ensurdecemos em nossa respiração;
Pegos, embriagados em perfumes;
No horizonte, apenas olhares;
Implacável tempo de noites curtas;
Desejos que ambos encobrimos;
Vestes de formalidades cínicas;
Porém, sutis gestos nos entregam;
Leves olhares, suspiros, toques...
Suaves carícias fazem-nos perder;
Razão, lógica, para quê?
Choque de corpos que já são um;
Agora parte única da mesma noite;
Falo por esse indivíduo que somos;
Quase vampiro, temente ao sol;
Este, que ao raiar se desfaz;
E na pressa inicia o despertar.
(JB. Guimarães)
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