segunda-feira, 15 de março de 2010

Do disfarce


És mais que mero texto bandido;
Filho de pensamentos malditos;
Que envoltos de poesia e lirismo;
Se faz por versos, inofensivos;

É lembrança que passa, vagueia;
Curiosidade que abala, me pena;
Vontade nefasta, envenena;
Consciência que mata, condena;

És tu, texto, devaneio malquisto;
Fruto do acaso, ou do destino;
E por graça, teima e nos enlaça;

Mas fácil é culpar o incerto;
Ou mesmo o fado, predito;
Quero ver mesmo é julgarmo-nos,
(JB.Guimarães)

2 comentários:

Juliana Saito disse...

Gostei! Beijo

J. disse...

Oi João!
Descobri seu blog por acaso e adorei! Seus textos são muito bons! É difícil encontrar alguém que saiba fazer versos assim... com forma e conteúdo perfeitos. Parabéns!