Fabular
São quimeras que levam ao poeta;
Embalado por sonhos de distantes encontros;
A ajuizar, refletir, errar e a atentar;
Contra sua própria razão, então bastião;
De toda sua afirmação, conclusão, solução;
A fim de se libertar, a pensar e a imaginar;
Qual seria a graça dos gestos teus;
Qual perfume deixas quando passas;
Quais mistérios escondem teu sorrir;
Que te leva a ter timidez no olhar;
O que te faz corar, perder o ar;
E te leva a enternecer, a comover;
Qual sabor teria o vinho junto a ti;
De que tanto riríamos, a gargalhar;
Quais assuntos nos fariam calar;
Para que os olhos fossem denunciar;
E fica poeta a pensar, a devanear;
(João Baptista de Lima Guimarães)
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