segunda-feira, 2 de abril de 2012

Querem-me acordando cedo, de cabelos cortados, barba feita;
Querem-me de traje aprumado, feliz empregado, piadas feitas;
Querem-me de pensamentos sensatos, na fila alinhado, seguindo receita;
Querem-me da moda afilhado, seguindo apressado a morte tão lenta;

Mas sabes, eles não sabem por que assim me querem;
Simples por o serem, basta para também assim me quererem?
Ora! O que tanto seremos, se o mesmo simplesmente sermos?
Sendo-nos coisa mesma, sinceramente, seríamos alguma coisa?
(João Baptista de Lima Guimarães)

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