terça-feira, 11 de junho de 2013

Sou alheio a tudo o que me permeia, sou um estrangeiro do meu tempo;
Observo os hábitos, gostos, modas, linguajar, tudo, e tudo me é estranho;
Eu não sou para o que é de ser, e o que é não é para mim;
Nenhum movimento me atrai, nenhuma grande comoção;
A distração e o entretenimento em voga me aborrecem, me constrangem;
E só alcanço um pouco de alegria realizando algum ofício, talhando pedras, escrevendo...
Assim fico, sentado ao meio fio da vida olhando a agitação de uma rua sem destino;
Aguardando, quem sabe, alguma condução que me leve a minha terra, aos meus pares;
Se é que existe tal lugar.

(JB.Guimarães)

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