Sou alheio a tudo o que me permeia, sou um estrangeiro do
meu tempo;
Observo os hábitos, gostos, modas, linguajar, tudo, e tudo
me é estranho;
Eu não sou para o que é de ser, e o que é não é para mim;
Nenhum movimento me atrai, nenhuma grande comoção;
A distração e o entretenimento em voga me aborrecem, me
constrangem;
E só alcanço um pouco de alegria realizando algum ofício,
talhando pedras, escrevendo...
Assim fico, sentado ao meio fio da vida olhando a agitação
de uma rua sem destino;
Aguardando, quem sabe, alguma condução que me leve a minha terra,
aos meus pares;
Se é que existe tal lugar.
(JB.Guimarães)
Nenhum comentário:
Postar um comentário